42. OPEN BAR

fonte da foto: http://rj.quebarato.com.br/niteroi/fun-time-open-bar-para-festas-e-eventos__62D26B.html


Hoje, procuro ter freios
Limites aos meus desejos
Alcançar tudo que almejo
Me torna mais vazio do que cheio

Tenho evitado excessos
Gastronômicos, alcóolicos, físicos
Procurando viver com equilíbrio
Prefiro cautela e bom senso

Talvez seja pela idade
Nem tão velho nem tão jovem
Escolho como palavra de ordem
Qualidade em vez de quantidade


Ao ver mais um anúncio de festa com "camarote open bar" me bateu um certo cansaço, uma preguiça. 

A banda é super legal, dá vontade de comprar o camarote para ter uma visão privilegiada ou um maior conforto em termos de lotação, pois em alguns eventos o espaço destinado como "pista" tende a ser mais cheio e caótico, mas o fator "open bar", que para muitos pode ser um diferencial positivo, para mim hoje é desestimulante.

Primeiro, porque não há o menor interesse de beber livremente, ainda mais num show de uma atração que realmente me "atraia". Pelo contrário, hoje é preferível ter freios e estratégias para beber em menor quantidade - ou quase nada - e com mais qualidade.

Em segundo lugar porque o camarote open bar para quem não está a fim de beber não vale muito a pena. Pode-se argumentar que ninguém é obrigado a tomar bebidas alcóolicas em um espaço de bebida livre - tem água e refrigerantes à vontade para os abstêmios. Verdade. Mas inevitavelmente o preço desse local tende a ser muito mais alto justamente para abranger a possibilidade de todos consumirem líquidos ilimitadamente.

Muito melhor pagar pelo espaço de forma igual e exclusivamente pelo que consumir de fato.

Aprofundando um pouco mais esta reflexão, percebo que ela não é exclusiva em relação à bebidas alcóolicas. 

Também tenho evitado e visto sem grande interesse eventos que tenham o famoso "all inclusive", buffet livre ou mesmo rodízios (até mesmo de pizza, que adoro - e justamente por isso: porque adoro).

Não sei se por pertencer a uma geração mais atenta à saúde em si - e não apenas à preocupação física e estética - ou se porque simplesmente estou ficando velho, mas o incentivo a excessos de qualquer natureza não tem feito minha cabeça.

E hoje o que mais há na sociedade é o estímulo à quantidade: bebidas, comida, informação, consumo, sexo, baladas, trabalho.

Não deve ser a toa que QUALIDADE DE VIDA, seja algo cada vez mais almejado - embora poucos pareçam efetivamente fazer algo a respeito.

Sds,

Hugo 




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